Poster é uma palavra de origem inglesa que se define como uma ampliação fotográfica de grande formato. Com esta ideia inicia-se uma espécie de zoom in temático, que terá como imagem de fundo e base de entendimento, cinco cidades do distrito de Braga, em cinco posters a publicar. Para nos acompanhar nesta exposição crítica, serão convidadas duas personalidades por tema, onde se agrega um conjunto de reflexões transversais à disciplina de arquitectura e ao contexto em que se inserem.
O POSTER #4 chega ao penúltimo apeadeiro da sua viagem. Quando os projectos desta natureza nascem com um fim à vista, acrescem as responsabilidades de uma procura ampla e justificada em problemas correntes que os decisores de planos têm entre mãos, sejam arquitectos, agentes culturais ou o corpo político. Falamos, portanto, de um espectro alargado deinteresses e dúvidas que importa discutir.
A equipa do Núcleo de Arquitectos da Região de Braga encontrou neste espaço um ponto de fuga de perspectiva ampla. Na sequência das edições, fomos variando a escala (Território no #1; Cidade no #2) e os seus entendimentos (Infraestrutura no #3; e,Transformação no número actual, o #4) sempre acompanhados de duas leituras e de dois convidados interessados em participar com a sua (pro)vocação; e a quem nunca será suficiente o nosso agradecimento.
Transformação: Capital urbano e cultural é o tema que apresentamos usando da cidade de Guimarães como ponto de ligação. Parece-nos natural a sua correspondência. Esta cidade média – na sua dimensão ou na sua leitura à escala urbana –, em bom rigor,usa da filosofia e do conceito de cidade intermédia nos pressupostos apresentados durante o ano de 2012, sendo uma cidade-território em rede e constituída por exigências urbanas, culturais, sociais, programáticas; e também por exigências económicas face a um sistemaem contínua decapitação.
Guimarães acolheu a Capital Europeia da Cultura em 2012 e parece fundamentalmedir o efeito da sua regeneração lido pelo envolvimento da população (ou pela falta dele), onde o indivíduo é peça central deste capital que julgamos ter-se gerado. Estamos, pois, interessados em perceber diferentes processos de transformação do ponto de vista da “cidade” e do “indivíduo”.
Dentro deste enquadramento, convidamos o arquitecto Alexandre Alves Costa, para fazer a sua leitura de cidade-território por aproximação de valores da cidade histórica versus cidade “ordinária” (território difuso do Vale Ave), e o filósofo Francisco Teixeira, para uma segunda leitura, dentro de um escrutínio crítico, e até mesmo irónico, de “Capital”. Sobre estas reflexões, traça-se o sentido dos lugares, as suas sobreposições, identidades e memórias e com isto, cremos, a “exacta” medida da sua dimensão urbana e cultural.
O Poster #4 apresenta-se: textos de Alexandre Alves Costa (arquitecto) e Francisco Teixeira (filósofo); edição de José Martins; coordenação de João Abreu e Luís Vidal; fotografia de capa de Centro de Estudos da Escola de Arquitectura da Universidade do Minho; design de Nuno Bastos & Raquel Peão; Impressão e acabamento de Norprint; numa tiragem de 100 exemplares; Março 2013.

