Quem tem medo de Abril?

© Daniel Blaufuks

© Daniel Blaufuks

As previsões meteorológicas indicam que vamos ter chuva da boa e da molhada até à próxima segunda-feira. Portanto, vamos lá fazer uns planos para não nos fecharmos em casa a ver “Vales Tudo” e “Preços Certos”.

Uma vez, prometi a um amigo que o levava a conhecer Guimarães sem apanhar uma pinga de chuva (e chovia a potes). Sem olhar a programação cultural que na altura havia, lá abrimos o guarda-chuva e partimos para a guerra! Marcamos encontro para as 15h, na winehouse do Largo da Oliveira. O Rolhas e Rótulos tem um menu bem completo, e aproveitamos para ferrar as habituais tapas portuguesas. Bem portuguesas! À saída, nas calmas, decidimos passar no Museu de Alberto Sampaio, para a habitual inspeção à exibição temporária.

Faltava ainda uma hora para as 19h e decidimos passar no CAAA, como quem não quer a coisa, já que a chuva havia abrandado. Na altura encontramos umas coisas do Adolf Loos, “velhas reliquias” com “testemunhos recentes”, segundo o meu amigo arquiteto. Esta semana as exposições são outras: Fábrica, de Daniel Blaufuks e The House translated into the Landscape, de Jorge Santos. Imperdíveis, também.

Para repasto decidimos passar no Vira Bar; além da pinta queríamos uma daquelas francesinhas para encher! Dito e feito. Momentos a seguir – noite chuvosa, já se sabe – fomos para os copos na Oliveira e na Praça de Santiago. Ainda assim, de bar em bar, poucas gotas tinham trespassado as defesas que tinha estabelecido com o meu amigo, portanto continuamos. Copos e mais copos, bares e mais bares… Acabamos por ficar mais encharcados da noite que da chuva, a ponto de termos ido picar-o-ponto ao Tio Júlio!

Moral da história: saiam de casa, mesmo acompanhados desta falsa Primavera! Vão ver que há sempre que fazer e podem comprovar que, por incrível que pareça, Guimarães tem sempre truques nas mangas!