Victor Herrero | Foto © DR

Se as dúvidas sobre o que é a cultura são muitas, o que dizer sobre o que é uma praça? É que, havendo gostos para tudo, haverá quem as prefira intensamente arborizadas e sombrias e quem as queira amplas e soalheiras; haverá quem as prefira desimpedidas de motores e quem as queira circuláveis; haverá quem as prefira para o ócio e haverá quem as queira para compras e outras utilidades afins. Uma praça pode ser isto tudo. Mas o que tem que ser é um ponto de encontro, um lugar de chegadas e um momento de partilhas. É assim que nasce a Praça de Couros, um espaço que se metamorfoseia a cada instante fazendo a cultura descer às profundezas da Zona de Couros, um bairro duro, caótico e agreste, edificado pela força de uma indústria que o fez florescer e, com o mesmo vigor, o condenou a entorpecer.

Livre por carácter e dinâmico por definição, o projecto Couros Pop Up teve a virtude de fazer da praça (daquela praça), cultura. Se é que há cultura sem praça ou praça sem cultura. Mas isso é conversa para outro dia.