Seattle portuguesa? Capital do rock? São epítetos romantizados que já deixaram de fazer parte do léxico rotineiro de Barcelos. Os anos dourados do passado já lá vão. Mas o que ficou? Músicos, promotoras, editoras, agentes, press-managers, roadies e técnicos.
Juntos fazem, de forma voluntária, a segunda edição do Prata da Casa, no próximo dia 23 de dezembro. Desde as 17h até às 2h há uma consoada à moda de Barcelos. Há concertos, portanto. É como se fosse o portuense D’Bandada, mas com espaço para respirar e o público só sabe quem toca em cada sítio quando chegar ao local.
Em 240 metros do centro da cidade há três espaços: Bar do Xano, Pop Cave e Circulo Católico de Operários de Barcelos (CCOB).
Nesta ceia de natal, comem todos. Mas vamos por partes. Nas sonoridades mais pesadas têm o stoner rock psicadélico dos Black Smoke of Buddha e o punk dos Repressão Caótica. Há hip hop de Relax, Zulu e Dj Flip. A Helena Silva, dos Indignu, apresenta-se a solo com um violino e um pedal de loops. Os Leviatã trazem a sua eletrónica pronta para bater o pé. O Pedro Oliveira, de Peixe:Avião e Dear Telephone, convida o ex-GNR Alexandre Soares, e apresenta PO+AL. O cardápio fecha com ToFu – é Tojo Rodrigues, baixista de Black Bombaim, e Joaquim Durães, fundador da editora e promotora Lovers & Lollypops.
O Prata na Casa nasceu, em 2015, de forma independente e de colaboração voluntária. Fazem isto pelo gozo. Ou, como dizem, numa nota enviada à imprensa: “Para criar impacto cultural e demonstrar a potencialidade das atividades que produzem”.
A primeira edição encheu as ruas de Barcelos com Glockenwise, La La La Ressonance, Black Bombaim, Ratere, Duquesa, Dear Telephone, Tresor & Bosxh e Homem em Catarse.
Para este ano as apostas são diferentes, mas todas made in Barcelos. Tudo de borla e nestes horários:
17h – Bar do Xano
18h – Pop Cave – Celso Cunha
19h – CCOB
22h – Bar do Xano
23h – CCOB
24h – CCOB
01h – CCOB
[lotações limitadas à capacidade das salas]