25 de Abril com a Banda das Taipas

Todos os anos, a Assembleia Municipal organiza uma Sessão Comemorativa do 25 de Abril. E, todos os anos, ninguém está com paciência para ouvir longos discursos políticos apenas temperados por algum apontamento de entertainment formal e mais ou menos evocativo do dia em que a poesia saiu à rua. Por isso, este ano, decidiram descentralizar um bocadinho, mudando do lugar habitual do Centro Cultural Vila Flor, que ficava geralmente às moscas, mais dadas à política, rodeadas de meia dúzia de trupeteiros jornalistas, para a Escola Secundária das Taipas, recentemente remodelada e prontinha para acolher eventos destes, pelo que a fauna da assistência viu-se enriquecida, ainda que os lugares reservados para os Deputados Municipais não se encontrassem totalmente ocupados. Os discursos, mais ou menos longos, mais ou menos inspirados, ficaram entalados entre duas breves atuações de um sexteto  (que na verdade era um hepteto) da Banda Musical de Caldas das Taipas, que tocou, no final, uma “Canzona” e uma “Bergamasca”  de Samuel Scheidt, compositor alemão do período barroco. O momento pedia algo mais épico, mas os tempos nem líricos são, por isso…